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• A tinta no Brasil
A história da indústria brasileira de tintas tem dois começos, igualmente dignos, igualmente significativos. O primeiro, em 1886, na cidade de Blumenau, Santa Catarina. O segundo, em 1904, na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Os 18 anos e os mil quilômetros que separam as duas iniciativas não representaram grande diferença, se considerarmos as semelhanças entre os empreendedores e suas realizações. Os pioneiros são Paulo Hering, fundador das Tintas Hering, e Carlos Kuenerz, fundador da usina São Cristóvão. Emigrantes alemães. Traçando seus caminhos na virada do século XIX, eles foram espectadores e personagens dos primórdios da industrialização do país acrescentando, cada um a seu modo e vocação, uma parcela de progresso à nossa cultura e desenvolvimento econômico.
A primeira fase, dos grandes pioneiros, tem início com a fundação da Usina São Cristóvão, em 1904, e se estende até a implantação no Brasil da Sherwin-Williams, em 1944.
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O segundo período engloba os eventos compreendidos entre achegada da Sherwin-Williams e a implantação da Glasurit no Brasil. Significativamente são duas empresas internacionais que, com diferença demais de 20 anos, entram no mercado através da aquisição do controle acionário de indústrias brasileiras: a Superba, em 1944, e a Combilaca, em1967. É da mesma forma, dois marcos mercadológico bastante definido. Os americanos da Sherwin-Williams trazem a indústria brasileira para a realidade tecnológica do século XX. A entrada da Glasurit no Brasil, associação promovida pela Combilaca, vai iniciar um processo de concentração industrial irreversível.
A terceira fase da indústria de tintas no Brasil está claramente marcada pelo progresso de internacionalização que presidiu a economia do país a partir da segunda metade dos anos 60. Antes disso, é claro, algumas empresas internacionais já haviam se estabelecido no país. Além da Sherwin-Williams, já vieram a Internacional e a Atlantis (na década de 20), a American Marietta (nos anos 50) e outras de menor expressão. Mas a partir da entrada da Glasurit que os processos de aquisições, fusões e associações se precipitam.
Hoje, o mercado se encontra claramente definido, compreendendo três tipos de empresas no setor de tintas: grandes conglomerados (nacionais e internacionais), empresas de porte médio, com administração de caráter familiar, pequenas e medias indústrias voltadas ao atendimento de segmentos específicos do mercado.
processo de fabricação DA TINTA
No processo de fabricação das tintas, são feitas apenas operações unitárias, como pesagem, misturação, moagem, dispersão e diluição. As conversões químicas ocorrem na fabricação dos constituintes e na secagem da película.
O processo inicia-se pesando, reunindo e misturando os pigmentos e veículos fixos. Após a mistura, em uma amassadeira com laminas em sigma, o material é transportado para outra sessão da fábrica, onde ocorre a moagem e posterior mistura.
Raramente, os materiais são encontrados em tamanho exigido, e isso geralmente é necessário tanto para aumentar quanto para diminuir o tamanho da partícula. Para conseguir esse tamanho ideal nos processos industriais, utiliza-se a cominuição(redução).
Na indústria de revestimentos é usada a moagem: operação que combina impacto, compressão, abrasão e atrito, para reduzir o tamanho da partícula sólida. É importante que as partículas (pigmentos, resinas, etc.) que compõem as tintas tenham um tamanho aceitável, pois pode comprometer a qualidade da tinta. Nesse contexto, as partículas em tamanho menor darão um nivelamento mais uniforme às tintas quando forem aplicadas.
É importante ressaltar que a cominuição diminui o tamanho da partícula, aumentando a área superficial. Ao aumentar essa área, aumenta-se a superfície de contato da substância, fazendo com que qualquer reação envolvendo a tinta se processe em um menor período. Consequentemente, essa tinta terá uma secagem mais rápida.
Dentre os moinhos usados na fabricação de tintas, estão:
• Moinhos de bolas – Utilizam bolas como meio moedor;
• Moinhos de rolos – Utilizam rolos compressores (único ou duplo) como meios moedores;
• Moinhos à areia (os mais utilizados) – Esse tipo de moinho consegue uma moagem fina por agitação contínua no fundo de um agitador médio com remos, utilizando grãos de areia de Ottawa. Esses grãos moem e dispersam os pigmentos na câmara intermediaria de moagem, no fim, sendo retidos numa peneira.
Nenhuma máquina é aplicável de uma maneira geral. A escolha dela depende do tipo de pigmento a ser adicionado, dos veículos, etc. Após estar cominuída e misturada, a tinta é transferida para outro tanque (tanques agitadores), onde será diluída e colorida. Em sequência, a tinta líquida é coada para um tanque de transferência ou diretamente para a moega da máquina de enchimento. Para remover os pigmentos não dispersados, usam-se centrífugas, peneiras ou filtros a pressão. Em seguida, uma amostra é enviada ao laboratório para realizar testes de controle de qualidade – como: cor, viscosidade, tempo de secagem, dureza, flexibilidade, espessura por demão, identificação da resina na tinta, opacidade ou poder de cobertura e brilho –, obedecendo às regras do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). Aprovada a tinta no laboratório, essa é filtrada, visando a remoção de partículas sólidas (poeira ou sujeira). Dessa maneira, agrega maior qualidade e pureza ao produto final. Finalmente, a tinta é vazada em latas ou tambores, que são rotulados, embalados e transportados para o depósito.
DEFINIÇÃO DE TINTA E VERNIZ
A tinta é considerada como uma mistura estável de uma parte sólida (que forma uma película aderente à superfície a ser pintada) em um componente volátil (água ou solventes orgânicos). Uma terceira parte chamada de aditivos, embora representando uma pequena percentagem da composição, é responsável pela obtenção de propriedades importantes tanto nas tintas quanto no revestimento. Sendo a quarta parte chamada de pigmento, que conferem a coloração desejada.
A tinta é uma preparação, o que significa que há uma mistura de vários insumos na sua produção. A combinação dos elementos sólidos e voláteis define as propriedades de resistência e de aspecto, bem como o tipo de aplicação e custo do produto final.
A tinta é muito comum e aplica-se a praticamente qualquer tipo de objeto. Usa-se para produzir arte; na indústria: estruturas metálicas, produção de automóveis, equipamentos, tubulações, produtos eletroeletrônicos; como proteção anticorrosiva; na construção civil: em paredes em ambientes internos, em superfícies externas, expostas às condições meteorológicas; um grande número de aplicações atuais e futuras, como frascos utilizados para perfumes e maquiagens.
O verniz é uma película de acabamento quase transparente, usada geralmente em madeira e outros materiais para proteção, profundidade e brilho. Sua formulação tradicional contém óleo secante, resinas e um solvente como aguarrás, mas modernamente, são utilizados também, derivados de petróleo como poliuretano ou epóxi. O verniz é utilizado para ressaltar a textura ou cor natural e também como última camada sobre pintura, para proteção e efeito de profundidade. Aplicada como um líquido, com um pincel ou pulverizador, forma uma película ao secar.
COMPOSIÇÃO
A tinta é constituída, basicamente, por três partes, que são os veículos (resinas e solventes), os pigmentos e os aditivos.
Fluxograma - Composição geral das tintas
Veículos:
Os veículos são considerados a base da tinta, pois neles estão presentes os principais componentes da sua formulação que são responsáveis por grande parte de suas propriedades. Os veículos são classificados de acordo com as suas características.
• Resinas:
As resinas são veículos não-voláteis (VNV). São formadoras da película da tinta e responsáveis pela maioria das características físicas e químicas desta, pois determinam o brilho, a resistência química e física, a secagem, a aderência, e outras características. As primeiras tintas desenvolvidas utilizavam resinas de origem natural (principalmente vegetal). Atualmente, com exceção de trabalhos artísticos, as resinas utilizadas pela indústria de tinta são sintéticas e constituem compostos de alto peso molecular. São através das características das resinas que se classificam os tipos de tintas. Quanto ao seu comportamento, as resinas podem ser divididas em:
→ Termofixas (VNV conversíveis): Resinas que sob a ação do calor sofrem um processo de reticulação interna (crosslinking), o que é tecnicamente chamado de processo de cura. O filme fina é insolúvel em solventes. Este processo de cura é através do uso de grupos funcionais reativos (sistemas mono ou poli componentes). Ex: Cura do filme de uma resina acrílica hidroxilada com uma resina melamina-formaldeído a 140 ͦC (processo utilizado na maioria das montadoras de veículos do Brasil).
→ Termoplásticas (VNV não-conversíveis): Resinas cujo processo de formação de filme ocorre exclusivamente pela secagem física (evaporação de solventes). Se o filme final for exposto aos solventes adequados será solubilizado novamente. Geralmente são utilizadas resinas acrílicas com alta temperatura de transição vítrea (Tg), comumente chamadas de “lascas acrílicas”. Este tipo de sistema não é muito utilizado na produção de tintas devido a sua baixa performance quanto a resistência aos solventes e a excessiva emissão de VOC (sigla para Volatile Organic Compounds, ou compostos orgânicos voláteis). Estas resinas precisam ter um peso molecular muito alto, o que demanda uma quantidade excessiva de solventes a fim de obter uma viscosidade de aplicação adequada.
As resinas mais usuais são as alquídicas, epóxi , poliuretânicas, acrílicas, poliéster, vinílicas e nitrocelulose. Uma breve descrição de uma destas resinas encontra-se a seguir:
→ Resina alquídica: Polímero obtido pela esterificação de poliácidos e ácidos graxos com poliálcoois. Usadas para tintas que secam por oxidação ou polimerização por calor.
→ Resina epóxi: Formadas na grande maioria pela reação do bisfenol A com eplicloridina; os grupos glicidila presentes na sua estrutura conferem-lhe uma grande reatividade com grupos amínicos presentes nas poliaminas e poliamidas.
→ Resinas acrílicas: Polímeros formados pela polimerização de monômeros acrílicos e metacrílicos; por vezes o estireno é copolimerizado com estes monômeros. A polimerização destes monômeros em emulsão (base de água) resulta nas denominadas emulsões acrílicas usadas nas tintas látex. A polimerização em solvente conduz a resina indicada para esmaltes termoconvertíveis (cura com resinas melamínicas) ou em resinas hidroxiladas para cura com poliisocianatos formando os chamados poliuretânicos acrílicos.
→ Resina poliéster: Ésteres são produtos da reação de ácidos com álcoois. Quando ela é modificada com óleo, recebe o nome de alquídica. As resinas poliéster são usadas na fabricação de primers e acabamentos de cura à estufa, combinadas com resinas amínicas, epoxídicas ou com poliisocianatos bloqueados e não bloqueados.
→ Emulsões vinílicas: São polímeros obtidos na copolimerização em emulsão (base água) de acetato de vinila com diferentes monômeros: acrilato de butila, di-butil maleato, etc. Estas emulsões são usadas nas tintas látex vinílicas e vinil-acrílicas.
→ Resina nitrocelulose: Produzida pela reação de celulose, altamente purificada, com ácido nítrico, na presença de ácido sulfúrico. A nitrocelulose possui grande uso na obtenção de lacas, cujo sistema de cura é por evaporação de solventes. São usados em composições de secagem rápida para pintura de automóveis, objetos industriais, móveis de madeira, aviões, brinquedos e papel celofane.
• Solventes:
São considerados veículos solúveis formados por compostos (orgânicos ou água) responsáveis pelo aspecto líquido da tinta com uma determinada viscosidade. Após a aplicação da tinta, o solvente evapora deixando uma camada de filme seco sobre o substrato. Como as resinas, os solventes também fazem parte de uma subclasse dos veículos, porém estes são denominados de veículos voláteis.
Os solventes orgânicos são geralmente divididos em dois grupos: os hidrocarbonetos e os oxigenados. Por sua vez, os hidrocarbonetos podem ser subdivididos em dois tipos: alifáticos e aromáticos, enquanto que os oxigenados englobam os álcoois, acetatos, cetonas, éteres, etc.
As tintas de base aquosa utilizam como fase volátil água adicionada de uma pequena quantidade de líquidos orgânicos compatíveis.
A escolha de um solvente em uma tinta deve ser feita de acordo com a solubilidade das resinas respectivas da tinta, viscosidade e da forma de aplicação. Uma exceção importante são as tintas látex, onde a água é a fase dispersora e não solubilizadora do polímero responsável pelo revestimento.
Devem ser utilizados pelo menos 3 solventes em uma tinta para que se permita a evaporação deste sem a formação de poros ou retenção de solvente na tinta, o que gera um estufamento desta. Os solventes são:
→ Solvente de evaporação rápida: Aumenta a viscosidade, com isso, a tinta não escorre;
→ Solvente de evaporação média: Aumenta a viscosidade permitindo que a tinta chegue aos poros ocupando todo espaço;
→ Solvente de evaporação lenta: Aumenta a viscosidade por um tempo para que os 2 outros solventes saiam.
Os solventes também podem ser classificados em:
→ Solventes verdadeiros: Aqueles que dissolvem, ou são miscíveis, em quaisquer proporções, com uma determinada resina. Como exemplo tem-se aguarrás (solvente para óleos vegetais epóxi, poliuretana e acrílica);
→ Solventes auxiliares: Aqueles que sozinhos não solubilizam a resina, mas aumentam o poder de solubilização do solvente verdadeiro. Como exemplo tem-se o tolueno que funciona com um solvente auxiliar para resinas acrílicas e vinílicas ;
→ Falso solvente: Substância que possui baixo poder de solvência do VNV. É utilizado usualmente para diminuir o custo final das tintas.
Certos fluidos são muito viscosos para serem facilmente bombeados ou muito densos para fluir de um ponto para outro. Isto pode ser problemático, devido ao custo economicamente proibitivo para transportar estes fluidos. Isto diminui a viscosidade destes fluidos, diminuindo os custos de transporte. Geralmente os diluentes são fornecidos juntos com a tinta para aumentar a temperatura do fluido também diminui a sua viscosidade, diminuindo assim a quantidade de diluente necessária.
Atualmente existe um esforço mundial no sentido de diminuir o uso de solventes orgânicos em tintas, com iniciativas tais como: substituição por água, aumento do teor de sólidos, desenvolvimento de tintas em pó, desenvolvimento do sistema de cura por ultravioleta, dentre outras.
•Pigmentos:
São sólidos finamente divididos, insolúveis no veículo da tinta e que conferem principalmente cor e poder de cobertura, contribuindo também para a proteção, resistência ao intemperismo, brilho, impermeabilidade e outras características exigidas. Os pigmentos de maior uso são:
Branco: Dióxido de titânio (rutilo e anatase) e óxido de zinco;
Preto: Negro de fumo e óxido de ferro preto;
Amarelo: Amarelo hansa e amarelo de cromo;
Laranja: Laranja de cromo, laranja de molibidato e laranja azo;
Vermelho: Óxido de ferro, vermelho toluidina, vermelho de cinquásia e vermelho de molibidato;
Violeta: Violeta cinquásia;
Verde: Verde de cromo e verde ftalocianina;
Azul: Azul de prússia e azul ftalocianina;
Metálico: Pó de alumínio com folhamento e sem folhamento.
Os corantes se fixam na superfície que vão colorir através de mecanismos de absorção, ou ligações iônicas e covalentes enquanto que os pigmentos são dispersos no meio (tinta) formando uma dispersão relativamente estável. Os corantes são muito utilizados na indústria têxtil e os pigmentos são fundamentais em tintas para revestimento. Existem 3 tipos de pigmentos:
Anticorrosivos: São pigmentos que ao serem incorporados as tintas conferem proteção anticorrosiva às superfícies por mecanismos químicos ou eletroquímicos.
Tintoriais: Conferem uma coloração opaca à tinta. Retém a cor de modo a ser mantida por um longo período.
Cargas: As cargas são minerais industriais com características adequadas de brancura e granulometria sendo as propriedades físicas e químicas também importantes. Elas são importantes na produção de tintas látex e seus complementos, esmaltes sintéticos foscos e acetinados, tintas a óleo, tintas de fundo, etc. Os minerais mais utilizados são: carbonato de cálcio, agalmatolito, caulim, barita, entre outros. Também são importantes os produtos de síntese (cargas sintéticas) como, por exemplo: Carbonato de cálcio precipitado, sulfato de bário, sílica, silico-aluminato de sódio, etc. As cargas além de baratearem uma tinta também colaboram para a melhoria de certas propriedades como cobertura, resistência às intempéries e etc.
• Aditivos:
Este grupo de produtos químicos envolve uma vasta gama de componentes que são empregados em baixas concentrações (geralmente <5%), que têm funções específicas como conferir importantes propriedades às tintas e aos revestimentos respectivos, tais como: aumento da proteção anticorrosiva, bloqueadores dos raios UV, catalisadores de reações, dispersantes e umectantes de pigmentos e cargas, melhoria de nivelamento, preservantes e antiespumantes.
Principais aditivos e suas respectivas funções
Os vernizes contem os mesmos componentes da tinta, com exceção dos pigmentos. Os vernizes clássicos, a óleo, comportam resina ou goma, óleo secativo, solventes voláteis e diferentes ativos.
Quando o verniz seca, seu solvente evapora-se, e o produto que permanece oxida-se no ar ou se polimeriza, formando um revestimento duro e contínuo. A resina pode ser a goma laca, o copal, a colofônia. Solvente é essência mineral, a essência de terebintina, o tolueno, o álcool, etc. Os vernizes atuais são mais frequentemente à base de polímeros sintéticos, como as resinas uréia-formol, as resinas acrílicas e vinílicas.
TIPOS DE Revestimento
A grosso modo, revestimento pode ser definido como aquilo que reveste ou serve para revestir. Normalmente são matérias ou substâncias que são aplicados sobre as superfícies.
•TINTA
É o nome normalmente dado a uma família de produtos, usados para proteger e dar cor a objetos ou superfícies, cobrindo-os com uma cobertura pigmentada.
Látex PVA:O PVA vem do nome da substância usada atualmente para fabricar a tinta látex, o Acetato de Polivinila. O látex tem uma base solúvel em água e, por isso, facilita muito a vida do pintor, que pode preparar seus pincéis e rolos apenas com água. Além disso, caso a tinta espirre em algum outro revestimento, basta lavar com água.
O acabamento em látex PVA é adequado para a parte interna das residências, que podem ser limpas apenas com um pano úmido. O acabamento desse tipo de tinta é muito bom, assim como seu recobrimento da camada anterior de pintura (se ela existir). Seca rapidamente, e o odor típico de pintura é mínimo.
Porém, o produto não é adequado para áreas molhadas ou que possam receber chuva, e para recobrimentos de acabamento em alto brilho, como um corrimão, por exemplo; as superfícies pintadas com látex PVA também são mais difíceis de limpar.
Tinta Acrílica: A tinta acrílica, de forma geral, tem aspecto muito similar ao do látex, também é solúvel em água e seca rapidamente. A diferença é que sua fórmula contém resinas acrílicas, o que proporciona ao produto alta impermeabilidade, uma vez aplicado, tornando-o especialmente eficaz para pinturas externas.
Essa impermeabilidade também torna a tinta acrílica interessante para uso em áreas molhadas da casa, como na cozinha e lavabo. As tintas acrílicas podem ser lavadas, ao contrário do látex, que deve ser limpo apenas com pano úmido.
O acabamento tende a ser mais brilhante que o do látex, ainda que exista a versão fosca: portanto, preste atenção ao comprar para garantir o tipo de acabamento final que deseja. Outro fator importante é o custo. A tinta acrílica tenderá a ser mais cara que a látex, então cuidado com a especificação.
Tinta esmalte: O esmalte, ao contrário dos exemplos anteriores é um tipo de tinta que não é solúvel em água, visto que possui o que é chamado de “base a óleo”, material que compunha sua fórmula antigamente. Atualmente são outros produtos sintéticos que compõem a base mais comum para esse tipo de acabamento.
As tintas esmalte são especialmente boas para a utilização em superfícies de ferro ou madeira. Assim, janelas de ferro, corrimãos e estruturas metálicas leves terão um acabamento melhor e mais durável se pintados com tinta esmalte. E embora a madeira possa receber vários tipos de acabamentos, portas feitas desse material são tradicionalmente pintadas com esmalte por conta do alto nível de manuseio, visto que o esmalte permite a lavagem dessa superfície com mais facilidade.
O acabamento de esmalte é bastante peculiar e as pessoas geralmente percebem quando ele foi utilizado. Possui alto brilho, embora exista a versão fosca. Seu acabamento dá sensação de uma película formada sobre a superfície e, por isso mesmo, não é muito adequada para o uso direto na parede, porque dependendo da aplicação podem surgir bolhas ou descascamento. O custo dessa tinta é mais alto do que o das outras, por conta de seu uso mais específico, e em menores superfícies. A embalagem mais comum é o galão (que contém 3,8 litros do material), enquanto as outras podem ser facilmente encontradas em latas (existem latas com até 18 litros de tinta, e as pequenas, com 900 ml).
Tintas epóxi e poliuretano: As tintas epóxi e de poliuretano são sintéticas e não solúveis em água, e têm usos mais específicos, como, por exemplo, a pintura de caixas d’água. Existem ainda fórmulas para aplicação em pisos, mas dependem de mão de obra altamente especializada.
Essas tintas, que são geralmente diluídas em solvente específico e possuem catalizadores para auxiliar no processo de pintura, devem ser aplicadas sempre por mão de obra que conheça o material e os processos, para evitar que se formem bolhas, ocorra descolamento da camada de tinta ou simplesmente mau acabamento.
Como são tintas específicas para aplicação em áreas molhadas e até inundadas, como piscinas e caixas d’água, podem ser uma excelente possibilidade para banheiros, boxes, cozinhas e áreas dessa natureza, desde que harmonizadas corretamente com os outros revestimentos. Vale a pena conferir os tipos de acabamentos possíveis para fugir do revestimento cerâmico convencional de locais muito úmidos.
Além dos grupos citados acima, existem muitos outros tipos de tinta. Há as feitas com cal, e produtos de efeito, como as tintas magnetizadas, do tipo lousa e para piso; existem também as massas e texturas de muitas naturezas diferentes. E não se pode deixar de mencionar os vernizes e fundos preparadores específicos para superfícies diversas (como para galvanizados ou gesso, por exemplo).
Dependendo do que se quer pintar é necessária a aplicação de vários produtos. Quando isso acontece, chamamos o processo de pintura de um “sistema”, e não simplesmente uma pintura simples como nos exemplos acima. Se você pretende realizar uma pintura em uma superfície que pareça mais complexa, sugerimos que procure um pintor muito experiente para aconselhar qual sistema é o mais adequado.
Tinta a óleo: É uma tinta de secagem lenta que consiste numa mistura de partículas de pigmento em suspensão num óleo secante, sendo o mais comum, o óleo de linhaça. A viscosidade da tinta pode ser alterada pela adição de solvente tal como a Terebentina ou Éter de petróleo. Pode ser adicionado Verniz para aumentar o brilho do filme de tinta a óleo seco.
Possui ótima resistência às intempéries, de fácil aplicação, boa cobertura e flexibilidade, adere facilmente a qualquer superfície, pode ser aplicada em superfícies externas e internas de metais, madeira e alvenaria.
TINTAS INTUMESCENTES
Tintas intumescentes são materiais com a aparência de uma pintura convencional que, quando aquecidos acima de 200ºC, passam por um processo de expansão volumétrica formando uma espuma isolante e evitando que o perfil metálico atinja temperaturas críticas onde sua estabilidade estrutural possa ser comprometida.
As tintas intumescentes aplicadas pela PCF Soluções são a Unitherm, fabricada na Alemanha pela Sika, e o Sprayfilm, produzido nos EUA pela Isolatek International O sistema de pintura intumescente é composto pelas seguintes etapas:
- •Tratamento superficial (jato de areia padrão SA 2½ ou lixamento mecânico padrão St3) e aplicação de primer epóxi de alto desempenho na espessura de 50~75 µm (recomenda-se que esta etapa seja executada pelo fabricante das estruturas metálicas, por ser mais econômico).
- •Aplicação da tinta intumescente cujas espessuras podem variar de 250 µm à 6000 µm, conforme o tipo de estrutura e o TRRF (tempo de resistência requerido ao fogo) recomendado.
- • Aplicação de uma tinta de acabamento que irá proteger o intumescente da atmosfera e permitir que o sistema possua a cor desejada pela arquitetura.
A PCF Soluções aplica vários tipos de tintas intumescentes, como a Unitherm, fabricada na Alemanha pela Sika, e a Sprayfilm, produzida nos EUA pela Isolatek International.
A flexibilidade de fornecedores neste caso é importante porque as tintas intumescentes possuem grande variação de desempenho, de acordo com o TRRF e o fator de massividade de cada estrutura. Por exemplo, uma determinada tinta intumescente que possui desempenho superior para 30 minutos de proteção, pode requerer espessuras muito maiores (o que representa preço maior) do que outras tintas intumescentes, caso o TRRF fosse de 120 minutos . Trabalhando com diversas tintas, a PCF Soluções pode sempre apresentar o melhor custo/benefício para seus clientes.
- Onde são utilizadas?
Em estruturas aparentes onde é requerido um acabamento com elevado requinte estético, como perfis perimetrais expostos de fachadas, colunas aparentes, etc.
- Qual é sua durabilidade?
A grande maioria dos fabricantes afirma que as tintas intumescentes, com o passar dos anos, melhoram o seu desempenho em situações de incêndio, recomendando apenas a substituição da tinta de acabamento em intervalos periódicos, similares aos de sistemas de pintura convencionais.
Todavia existem alguns fabricantes que estão trabalhando para desenvolver metodologias capazes de avaliar mais profundamente a durabilidade da tinta intumescente aplicada em estruturas externas, pois acreditam que existe o risco de que a incidência de raios ultravioleta, poluição atmosférica, elevadas umidades relativas do ar e outras particularidades de cada local do planeta possam influenciar de forma distinta o desempenho do produto.
- Qual o tratamento superficial necessário?
A preparação superficial da estrutura metálica deve ser preferencialmente em jato abrasivo padrão SA 2½ (ISO 8501-1:1988) ou SSPC-SP6. Lixamento mecânico padrão St3 (conforme SIS-055900/1967) poderá ser aceito, desde que autorizado pelo fabricante do primer e da tinta intumescente.
Aplicação de primer epóxi na espessura de 50 a 75 µm. Sua aplicação deve seguir as instruções do fabricante de cada primer. São indicados os seguintes primers como referências para efeito de orçamento: Intergard 251 (International) ou Calacoat 288 (Tintas Calamar). O primer adotado obrigatoriamente deve ser aprovado pelo fabricante da tinta intumescente.
A preparação superficial e a aplicação do primer devem ser preferencialmente executadas pelo fabricante das estruturas metálicas.
- Como é o controle de qualidade na aplicação?
A qualidade e o critério na aplicação são fatores fundamentais para a durabilidade e eficiência das tintas intumescentes. Excesso de umidade relativa do ar, intervalos de tempo inadequados entre demãos e espessuras muito elevadas por demão podem comprometer o sistema e ocasionar o aparecimento de bolhas e rugosidades.
Os serviços devem ser inspecionados conforme os procedimentos da ABNT PE-043 - Certificação do serviço de aplicação de proteção passiva contra fogo em estruturas de aço.
CONCLUSÃO
As tintas são preparações, geralmente lí quidas, usadas para conferir beleza, valor de mercado a produtos manufaturados e proteção aos materiais. O que começou na antiguidade, no período paleolítico, quando o homem represen tava nas paredes das cavernas o seu cotidiano, tornou-se uma importante indústria. A finalidade estética continua; todavia, a necessidade de pre servação dos materiais sofisticou as tintas ao longo dos anos. A fabricação dessas depende da finalidade a que se destinam. Mas, basicamente, as tintas são formadas por pigmentos, veículo fixo, solventes e aditivos. Operações unitárias físicas – como mistura, diluição, moagem, filtra gem e envase – dão origem ao produto final. Junto com o desenvolvimento tecnológico e cres cimento do setor, a necessidade de fabricação de produtos cada vez mais sustentáveis foram tor nando-se imprescindíveis. Isso, porque a fabrica ção de tintas gera alguns resíduos, emitem parti culados para a atmosfera e, sobretudo, a lavagem das latas com NaOH gera efluentes líquidos que necessitam de tratamento.
Apesar de ser, em grande parte, um pro cesso empírico, a produção de tintas e correlatos tem grandes perspectivas. Visto que o Brasil é um dos cinco maiores mercados mundiais (ABRAFATI, 2010), o crescimento da demanda por tintas é o mais propício.
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