sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Jornal Lance em PDF, Sexta, 15 de Fevereiro de 2013 Rio e Sampa

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Fluminense fez consulta 'inútil' à CBF sobre usar Thiago Neves na Venezuela

PEGO DE SURPRESA, CLUBE USOU ARTIFÍCIO QUE DEVERIA TER SIDO FEITO ANTES DA INGESTÃO DO REMÉDIO PELO MEIA; DIRIGENTES DIZEM QUE CBF GARANTIU VERBALMENTE QUE ELE PODERIA JOGAR



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A ausência de Thiago Neves devido ao uso de corticóide, substância presente em um remédio para sinusite, não se restringiu apenas à partida contra o Caracas, na quarta-feira. No último dia 3, após sentir-se mal, o jogador procurou um médico particular e ingeriu a substância proibida, que o tirou também do clássico com o Vasco, no dia 9. Como a substância demora de dez a 15 dias para sair do organismo, o jogador ficará fora do jogo deste domingo, contra o Volta Redonda, já que será o dia em que, teoricamente, ele estará limpo.

No Fluminense, os dirigentes dizem ter feito todos os trâmites legais. O retorno da CBF teria sido apenas informal. Já a Conmebol garante não ter recebido aviso algum. De certo apenas é a confusão que envolve o 'doping' do jogador.

O Fluminense, por meio do vice-presidente médico, Sérgio Galvão, enviou uma Autorização de Utilização Terapêutica (AUT) – documento no qual o clube consulta previamente a entidade sobre a possibilidade de utilização de uma determinada substância. O Tricolor enviou o documento somente após Thiago Neves ter utilizado o remédio e aguardou até as 16h de quarta-feira por uma resposta da CBF, que não chegou formalmente.

– Comunicamos a CBF e esperamos a resposta. Não tínhamos como arriscar. Levamos o Thiago Neves porque tínhamos a confiança e a palavra de que o ofício chegaria. Não chegou – disse Rodrigo Caetano, diretor executivo do Flu.

De qualquer maneira, a crença dos dirigentes à afirmativa da CBF não tem embasamento legal, como a Conmebol garantiu ao LANCE!Net.

– Não recebemos nada. Ainda que recebêssemos, esse não seria o procedimento correto. Se uma substância é proibida, ela é proibida e ponto – explicou Osvaldo Pangrazio, chefe da comissão médica da Conmebol.

Fernando Solera, presidente da Comissão de Controle de Doping da CBF, confirma o contato do Flu, mas garante, por outro lado, que o procedimento dos dirigentes do clube não foi adequado.

– A Comissão de Doping não autoriza jogador a entrar em campo. E o correto seria enviar o comunicado antes de aplicar a medicação. Esse trâmite vem da Fifa, Wada e Conmebol – explicou.

Sérgio Galvão, vice-presidente médico do clube e responsável por enviar a AUT à CBF, não quis falar.

– Não falo nada. Vou dar ordens ao departamento de futebol para se manifestar – disse, irritado.

CBF FOI AVISADA NA QUINTA-FEIRA
O documento enviado pelo Fluminense a respeito da medicação ingerida por Thiago Neves chegou à CBF, por e-mail, por volta das 19h de quinta-feira. Segundo Fernando Solera, presidente da Comissão de Doping, não houve tempo para formular uma resposta.

– Foi já no fim do expediente. Era preciso uma análise do caso e não deu para fazer em um dia, só na sexta-feira. Depois, veio o feriado de Carnaval. Por isso o clube não foi informado de nada – afirmou.

No entender de Solera, que prometeu fazer uma palestra nos clubes a respeito do problema da automedicação no futebol, a situação servirá como aprendizado.

– Eu me preocupo com essa situação, porque o Fluminense tem um departamento médico espetacular e não pode acontecer isso. Mas todos vamos crescer, especialmente os jogadores. Remédio só com prescrição médica – disse.
SUSPENSÃO PODERIA SER ATÉ DOIS ANOS
Caso Thiago Neves tivesse entrado em campo após a utilização de corticóide e fosse sorteado para o exame antidoping, sua situação poderia se complicar. Em caso de a substância ter sido constatada, o jogador seria suspenso preventivamente por 30 dias até a realização de uma contraprova a pedido do próprio atleta ou do clube.

A suspensão pode chegar até dois anos, isso porque o corticóide aumenta a resistência muscular do atleta, por se tratar de um anti-inflamatório que dá uma 'injeção' de força no músculo.
BATE BOLA
Rodrigo Caetano, Diretor executivo do Fluminense, em entrevista ao LANCE!Net

1- Por que o Fluminense resolveu levar o Thiago Neves?
RODRICO CAETANO: Recebemos a garantia de que o ofício chegaria e não vimos problemas. Ao saber que não chegaria nada, comunicamos o Abel e preferimos preservar o jogador.

2- Pela automedicação, o Thiago Neves será punido?
RC: Trata-se de uma economia interna do clube. O que for decidido será entre a cúpula de futebol. Tudo que for falado sobre valores de multa e porcentagem, não passa de mera especulação e chute.

3- Sabendo do problema, porque o Felipe não foi levado para Caracas?
RC: Isso foi uma decisão da comissão técnica e é algo que já falamos sobre a situação. Acharam melhor deixar ele mantendo a forma, para estar pronto para ajudar quando for preciso. Fazemos tudo em cima de um planejamento adequado.
Com a palavra
Osvaldo Pangrazio, chefe da comissão médica da Conmebol, ao LANCE!Net

'A substância é proibida e ponto'
"Não recebi documento algum do Fluminense. Se foi enviado, deveria chegar à Conmebol antes da partida. Nem estava sabendo da situação com o Thiago Neves. Ainda que recebesse o documento enviado pelo clube ou por qualquer outro, esse não seria o procedimento correto para liberar o jogador para atuar em qualquer tipo de partida da Conmebol ou outra competição. Se uma substância está proibida, está proibida e ponto. Não podemos fazer nada"

Formato: PDF


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